Na época em que fazia faculdade tinha o costume de ir ao cinema sozinho, quando estava meio chateado, cansado ou simplesmente porque ninguém queria ir comigo mesmo. Chegava na sala, via o que estava passando, e escolhia o titulo que mais me agradava, sendo conhecido ou não. Numas destas excursões solitárias, cheguei na entrada da sala e vi um que nunca tinha ouvido falar e nem mesmo tinha um cartaz, somente um papel A4 com o título, horários, país de origem e diretor. Tratava-se de um filme francês chamado "O Fabuloso Destino de Amélie Poulin". Comprei o ingresso e resolvi arriscar (não tinha lido nada a respeito dele). Tinha poucas pessoas na sala, a maioria casais e de pessoas mais velhas. E sabe aqueles filmes que nos primeiros minutos te prendem atenção instantâniamente e ja estava totalmente envolvido e querendo mais.
O filme conta a historia de uma francesa (Aldrey Tautou - fez depois o Código da Vince) que vive solitária em París e encontra uma caixa no banheiro de sua casa escondida a mais de 50 anos com objetos que pertenceram a uma criança. Ela resolve encontrar o dono, devolver a caixa e saber se realmente valeu a pena o esforço. Se sim, levaria a vida ajudando as pessoas a serem mais felizes e se não, azar - como ela mesma pensa no filme. Com direção de Jean-Pierre Jeunet (que só conhecia pelo Aliens - A Ressureição) é uma verdadeira poesia em forma de filme. A fotografia é brilhante - e foi inspirada em quadros de um pintor brasileiro que não lembro o nome, a trilha sonora é marcante, e a historia um verdadeiro e fabuloso deleite com situações engraçadas e por vezes emocionante. Saí do cinema em ' estado de graça' e até hoje vejo e revejo este filme que pra mim é um dos melhores que tive o prazer de ver. Recomendo que apreciem esta pequena obra de arte francesa.
Um filme doce, muito bem escrito, traz aquele gostinho de travessuras, mas sem maldade. Adorei!
ResponderExcluirValeu Ju... eu também amor este filme.. ja ví varias vezes... beijos e valeu por acompanhar meu blog.
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